28 de jul. de 2010

RELATÓRIO FINAL


Música Shosholozah

Shosholozah
Ku lezontabah Stimela siphum'
eSouth Africa
Shosholozah
Shosholozah
Ku lezontabah Stimela siphum'
eSouth Africa
Wen' uyabalekah
Wen' uyabalekah
Ku lezontabah Stimela siphum'
eSouth Africa

Esta canção foi criada no tempo do apartheid quando os negros sul-africanos cantavam ao fazerem as longas viagens de trem. O termo Shosholozah não tem tradução, mas relembra o som emitido pelo vapor do trem, e cantando eles queriam dizer que um dia chegariam ao final, tanto o destino geográfico como à liberdade do regime. Hoje, tal canção é entoada por todos os sul-africanos, brancos e negros, em qualquer evento esportivo.

Ensinada por um dos motoristas negros à caravana brasileira, se tornou nosso hino durante todo o período, pois da mesma forma queríamos dizer que um dia chegaríamos ao final deste Projeto, mas que também em breve alcançaríamos nosso destino final, a vida eterna em Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO

Entre os dias 11 de junho e 11 de julho deste ano, Johannesburg, a maior cidade da África do Sul, recebeu centenas de milhares de visitantes oriundos de diversos países do mundo, que estiveram na África para acompanhar de perto os jogos da Copa do Mundo de Futebol.

O apóstolo Paulo, o mesmo que nos descreveu como “mais que vencedores”, sabia muito bem o que um grande evento esportivo representava para o avanço do Evangelho. No capítulo 18 de Atos vemos Paulo saindo de Atenas e seguindo para Corinto, onde permaneceu, dezoito meses pregando o Evangelho e fazendo inúmeros discípulos de Cristo. A Bíblia nos conta que Paulo, ao chegar a Corinto, se uniu a um casal de Judeus de nomes
Priscila e Áquila, que havia saído de Roma, e juntos começaram a trabalhar pois tinham a mesma profissão, ou seja, fazedores de tendas (Atos 18.1-3).

Durante muitos anos lendo e interpretando este texto, temos enfatizado um modelo muito estratégico na obra missionária mundial que é o missionário fazedor de tendas, aquele que utiliza sua profissão para facilitar sua entrada e estadia em um determinado país, o que o ajuda no levantamento de seu sustento e, principalmente, na
conquista do visto de residência, essencial para sua permanência no campo.
Entretanto, sabemos muito bem, que o apóstolo Paulo não era movido de cidade em cidade graças à sua necessidade de levantamento de sustento, mas sim por sua vocação e paixão evangelística. Paulo estava em Corinto porque naquele momento, estava acontecendo, assim como ocorria numa cidade próxima chamada Olímpia, uma competição esportiva que no caso de Corinto era conhecida como Jogos Ístmicos. Paulo, sabendo do grande fluxo de pessoas que chegava àquela cidade para acompanhar este evento, vai à Corinto disposto a proclamar o amor de Jesus.

Apesar de dois mil anos terem se passado, a atual geração de cristãos, que conta com muito mais recursos nas áreas de transportes e comunicação que haviam na época de Paulo, parece começar a se despertar e visualizar grandes eventos esportivos como palco para a pregação do Evangelho.

Em Atos capítulo dois Deus usou uma festa religiosa, a Festa de Pentecostes, para atrair a Jerusalém judeus e prosélitos de várias nações que tinha a mesma religião mas não falavam a mesma língua e, após a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos cumprindo uma promessa de Jesus Cristo em Atos 1.8 que permitiu que fossem ouvidos e compreendidos por aqueles turistas, diante do testemunho de Pedro cerca de três mil pessoas vieram a se converter. Mais a frente, em Atos 18, Deus volta a usar uma festa, desta vez do esporte, para que pessoas de várias regiões presentes em Corinto pudessem ouvir o testemunho de Paulo, missionário presente naquela cidade e evento.

Entendendo que Deus tem movido a história do mundo em favor da expansão de Seu Reino e, convictos da tremenda oportunidade que o Senhor concede à sua Igreja, a Junta de Missões Mundiais decidiu se unir à Coalizão Brasileira de Ministérios Esportivos – CBME para juntas desenvolverem ações evangelísticas com turistas e população sul-africana, com o objetivo único de proclamar o Evangelho às diversas nações presentes.


VISÃO


Nossa visão de alcance múltiplo em função do grande número e boa qualificação de nossos missionários, além das necessidades e muitas oportunidades de ministério em África, fez com que decidíssemos seguir a visão de Atos 1.8 adotando quatro áreas específicas para nossas ações de impacto. Assim passamos a chamar de Jerusalém a comunidade mais próxima de nosso alojamento conhecida como Zandspruit, distante cerca de 7 km, onde vivem aproximadamente 65 mil pessoas em condições precárias numa das maiores favelas da periferia da grande Johannesburg.

Nossa Judéia se tornou o bairro de Troyeville, no centro de Johannesburg, onde se encontra uma das Igrejas com as quais trabalhamos e que atende às comunidades vizinhas de imigrantes angolanos e moçambicanos. Samaria, pouco mais distante, era para nós a cidade de Germinston, também na grande Johannesburg, onde outro colega missionário realiza seu ministério com uma Igreja de fala portuguesa. Após nossa passagem por lá, entretanto, portas se abriram para que ele e sua Igreja possam iniciar um ministério de capelania em um hospital e asilo próximos, nos quais servimos, além de uma escola pública com cerca de 1.800 alunos onde trabalhamos durante uma semana, onde sabemos que alguns dos alunos já passaram a frequentar a Igreja.

Por último Confins da Terra representava para nós as cercanias dos estádios e zonas de torcedores onde encontramos gente do mundo inteiro, oportunidades que não perdemos para testemunhar e distribuir milhares de literaturas e mídias evangelísticas. Graças à imensa popularidade deste evento, em diversas ocasiões nossos voluntários foram filmados e entrevistados por equipes de rádio, TV e internet de várias partes do mundo, algumas delas cristãs, quando aproveitavam para testemunhar nossa fé e expressar o verdadeiro propósito da nossa presença naquele lugar.


MÚLTIPLO IMPACTO


Um projeto de tamanha envergadura com o Projeto Conexão África 2010 é capaz de impactar e influenciar diversas frentes simultaneamente, e foi exatamente isso que aconteceu conosco antes mesmo de sairmos do Brasil, bem como durante o período em que servimos na África, e irá continuar após nossa partida. Entre estes impactos podemos destacar quatro:


1- IMPACTO NA IGREJA EVANGÉLICA BRASILEIRA


Após 10 meses de intensa preparação, mais de 1.300 inscrições e muito trabalho, 210 pessoas dos 9 aos 74 anos de idade, oriundas de 18 estados brasileiros, além de dois outros países – Estados Unidos e Espanha, representando 130 igrejas e 25 denominações diferentes, tornou o Projeto Conexão África 2010 uma celebração da unidade já desacreditada da Igreja Evangélica Brasileira. Pelos menos durante 20 dias nossos missionários puderam responder à uma oração de Jesus Cristo feita há dois mil

anos (João 17.21), provando que ao decidirmos trabalhar juntos, podemos sim fazer com que o mundo inteiro saiba que Jesus Cristo reina.

Estes voluntários, em sua grande maioria desprovidos de recursos financeiros, capacitação e chamado missionário para o ministério de tempo integral, decidiram rasgar suas agendas, economizar e poupar moedas, superando irrelevantes diferenças para servirem ao lado de outros irmãos, e assim puderam experimentar o princípio da sinergia vendo as sementes de seu esforço e profundo amor pelos perdidos frutificarem, mesmo em meio aos riscos de segurança, temperaturas por vezes abaixo de zero, e um contexto étnico-linguístico sensível como o da África do Sul. Uma equipe especial de intercessores se apresentou e seguiu para a frente de trabalho, preparando corações incrédulos para as sementes que lançávamos e garantindo nossa segurança de dia e noite, provando que há espaço para todos os dons e ministérios em um projeto missionário transcultural.

O resultado de tudo isso refletiu o provérbio africano que adotamos como epígrafe - “aquele que toca o tambor não sabe até onde o som chegará.” O eco dos tambores que 210 missionários tocaram durante este projeto não serão ouvidos apenas na África do Sul ou em países que enviaram turistas para a Copa, mas esperamos também no seio da Igreja Evangélica Brasileira, para que ela acorde da hibernação missionária em que jaz e se torne, não apenas em tese poética mas de fato, em um celeiro de missionários para este novo milênio. No desafio final do projeto, nossos olhos emocionados contemplaram mais da metade destes 210 voluntários de joelhos, se apresentando para o trabalho missionário efetivo.


2- IMPACTO NA IGREJA SUL-AFRICANA


Nossa presença na África do Sul foi marcante, não apenas em nossas próprias vidas, mas conforme muitas vezes pudemos ouvir, na vida dos irmãos sul-africanos. Graças ao Bom e Fiel Deus foi-nos possível entrar em escolas públicas, creches, orfanatos, shoppings, asilos e hospitais. Visitamos também favelas, escolas de idiomas, casas de família, escolas muçulmanas, áreas para torcedores, igrejas africanas e de imigrantes, e até estádios de futebol em dias de jogos da Copa. Servimos em diferentes cidades da África do Sul e com um pequeno grupo de missionários chegamos até Moçambique, país vizinho. Muitos destes lugares estavam com suas portas fechadas para nossos missionários locais haviam muitos anos, mas assim que pisamos nesta terra tais portas foram imediatamente abertas e de maneira sobrenatural, tornando o até então impossível em algo inteiramente visível.

Obreiros com os quais servimos tiveram seus ministérios reavivados durante o tempo em que passamos juntos, além da alegria de vermos seus documentos de permanência no país sendo finalmente liberados quando da nossa presença entre eles. As igrejas e organizações com as quais trabalhamos mostraram-se profundamente impactadas e despertadas para o trabalho missionário depois que partimos. Por causa do nosso exemplo, já se organizam para irem ao Brasil nos apoiar durante a Copa de 2014. Evangelizamos pessoas e treinamos os missionários e crentes locais para fazerem o mesmo, equipando-os com materiais e estratégias que utilizamos durante o período.

Ao final, deixamos para trás e de maneira alegre e abnegada, mais de 15 mil dólares em ofertas para igrejas, missionários locais e crianças carentes. Para as igrejas locais doamos ainda uma bateria e um violão, diversos kits de materiais para evangelização de crianças, além de centenas de peças de roupas, calçados e sacos de dormir. Compramos na África do Sul e entregamos às pessoas que abordamos 200 Bíblias e livros de discipulado, e antes de partirmos deixamos a quadra de esportes de uma igreja totalmente reformada. Remodelamos uma outra pequena igreja em meio à favela onde trabalhamos com a compra de um gerador de energia, 40 cadeiras e equipamentos de som. Mas o melhor presente que deixamos foi sem dúvida alguma um pedaço do nosso coração naquele lugar, fazendo com que muitos voluntários se decidissem preparar para regressar no futuro.


3- IMPACTO SOBRE O POVO SUL-AFRICANO


Antes de seguirmos para a África do Sul muito se ouvia dizer na mídia a respeito da violência do país, e das ameaças de xenofobia e ataques terroristas por ocasião da Copa do Mundo. Muitos desistiram de ir para a África por medo e receio, mas hoje percebemos claramente que a presença de centenas de pés santos neste lugar, protegidos por uma retaguarda de milhares de joelhos no Brasil, não apenas pacificou o país como também preparou o terreno para fazermos nosso trabalho.

Assim foi possível utilizarmos 8.000 pulseiras para evangelizar crianças e jovens, além de 1.200 “Missionecas” (bonecas coloridas que ilustram o plano da salvação). Às crianças africanas distribuímos milhares de balões coloridos, doces e brinquedos, além de educá-los com a doação de 640 kits odontológicos. Trouxemos do Brasil e lá deixamos mais de 100 bolas e diversos outros equipamentos esportivos, dezenas de materiais de pintura e artesanato, bem como 1.500 canetas com a inscrição “Jesus te ama”.

Como resultado de todo este investimento, Deus nos concedeu a oportunidade de atender e abençoar 6.046 crianças, jovens, adultos e idosos. Destes, 4.629 ouviram o Evangelho através de nosso testemunho de maneira clara e contextualizada. Ao final do Projeto, o Senhor no permitiu ver e ouvir 1.129 deles sinalizarem receber Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Uma das professoras da escola pública onde servimos por uma semana, impactada com todo o trabalho que realizamos entre seus alunos, afirmou ter sentido o amor de Deus através das nossas vidas.

Entretanto, para nós, muito mais importante que os números é o testemunho daquilo que Deus fez na vida, tanto daqueles que proclamavam, quanto dos que ouviam a respeito do Evangelho. Para este testemunho claro, corajoso e contextualizado não houve qualquer barreira que nos impedisse, seja de ordem econômica, religiosa, étnica, geográfica ou legal, pois nosso Deus Soberano nos levou ali e nos permitiu compartilhar nossa fé para ricos e pobres, católicos, muçulmanos, judeus e hindus, brancos, negros e amarelos, pessoalmente e via satélite, dentro e fora dos estádios.


Porque Dele e por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória pois a Ele eternamente. Amém.” Rm 11:36


4- IMPACTO SOBRE OS TURISTAS


Na África distribuímos mais de 18 mil DVD's com o testemunho de jogadores cristãos, a maioria entregue na frente dos estádios e dentro das Fan's Zones, onde encontramos dezenas de milhares de turistas presentes no país. Nestes locais distribuímos ainda 3.200 garrafas de água e 28 mil folhetos em cinco línguas diferentes. Entre tantos, inacreditavelmente fizemos chegar alguns às mãos de torcedores norte-coreanos, o país mais fechado do mundo para o Evangelho, com raríssimos turistas presentes na Copa.

Assim, de maneira livre, criativa e audaciosa, testemunhamos nossa fé até onde pudemos chegar, como nos garante a Declaração Universal dos Direitos Humanos, apesar das restrições malignas e ignorantes de alguns membros da organização promotora do evento. Os próprios policiais envolvidos no evento recebiam nosso material de maneira gentil e grata, nos autorizando a continuar o trabalho. Num destes momentos de marcha profética da Igreja (Mateus 16.18), um grupo de voluntários entrou no estádio com uma faixa de 6 metros que anunciava “Jesus Te Ama”, onde puderam exibir diversas vezes durante a realização de um dos jogos da Copa, vista inclusive por espectadores em outros países, conforme relato que ouvimos. Em muitas oportunidades pudemos conversar com muçulmanos, judeus e hindus, graças ao clima de confraternização característico dos eventos esportivos.


TESTEMUNHOS E EXPERIÊNCIAS


Entre as centenas de experiências vividas por nossos voluntários, transcrevemos abaixo algumas delas, experiências que chamaram nossa atenção pelo fato da intervenção soberana e sobrenatural de Deus em nossas vidas.


“Ao chegarmos na África do Sul ouvimos que as portas estavam fechadas para o trabalho evangelístico, tanto em escolas públicas como nas Fan’s Zones. A informação era que para qualquer trabalho ser realizado em escolas teria que ser feito um pedido com pelo menos três meses de antecedência. Contudo, nosso Deus foi a frente, e como que por milagre as portas se abriram. Assim, em uma das escolas locais professores e funcionários cancelaram parte de seu recesso para trabalharem conosco durante quatro dias. Da mesma forma, as Fan’s Zones foram liberadas às vésperas do início da Copa, coisa que poucos acreditavam ser possível.”


“Na inauguração da quadra de esportes da Igreja Batista em Troyeville, fomos surpreendidos por Deus. No momento do jogo chamei uma criança que estava sentada no chão da quadra para brincar, porém sua mãe disse que a filha não teria como brincar. Percebi então que ela era portadora de paralisia cerebral, peguei a criança no meu colo e brinquei com ela o tempo todo, parecia que ela nunca havia tido a oportunidade de brincar com as demais crianças. Sua alegria era contagiante, e sua família estava surpresa por ver sua filha brincando juntamente com as outras crianças. Eu não sabia que eles eram visitantes, e que apesar de vizinhos nunca tinham ido à igreja, apesar de terem sido muitas vezes convidados por irmãos da igreja. Ao final, convidei toda a família para retornar no domingo e a mãe, feliz pela sua filha, me disse que viria. Nos domingos seguintes fomossurpreendidos ao ver toda a família nos cultos, e no terceiro domingo a criança, Gracie, pediu para orar na classe da escola dominical....Glória a Deus por isto!”


“Ao chegarmos na quadra da Igreja Batista de Troyeville, vimos bem próximo de nós uma família de muçulmanos. Oramos pedindo a Deus um a oportunidade de compartilhar o amor de Cristo com toda aquela família. Por um milagre do Senhor, alguns dias depois achamos graça aos olhos da senhora muçulmana que nos convidou para um chá da tarde, o que se sucedeu por diversas vezes a partir de então. Tornamo-nos amigas daquela mulher e pudemos compartilhar do amor de Cristo presenteando-lhes com DVD's e folhetos que retratam o amor do Pai.”


“Na escola de Pumula tivemos grandes surpresas. Em princípio uma das coordenadoras da escola estava bem receosa com o nosso trabalho, o que mudou logo no segundo dia quando nos convidaram para comer com as crianças. No último dia durante seu discurso, ela dizia que não tinha palavras para nos agradecer por tudo que havia presenciado naqueles quatro dias. Durante o apelo feito em uma das salas de aula, pela janela pude ver um professor da escola juntamente com as crianças erguendo sua mão convidando Jesus para entrar em seu coração. Mais tarde ele veio nos pedir pulseiras para evangelizar toda a sua família, e me pediu que explicasse como poderia compartilhar Jesus, pois, apesar de ir à igreja nunca haviam explicado a ele o plano da salvação, foi tremendo o agir de Deus naquele lugar. No final, o diretor da escola testemunhou chorando que nunca haviam recebido um grupo como o nosso, e que tinham aprendido conosco o que significava humildade e amor, e que estava sem palavras para agradecer o que tinha visto e ouvido naqueles dias, pois era privilegiado por terem recebido nosso grupo.”


“Entre as muitas situações que nos ocorreram nesses dois meses aqui na África do Sul, uma delas me chamou atenção. Foi no dia do jogo do Brasil contra o Chile, quando fomos abençoados com um ingresso para assistir ao jogo. Aquele foi um dia de muita alegria, de vitória, e de compartilhar o Evangelho. Na saída do jogo aproveitamos para, entregar alguns DVD’s, inclusive um para um rapaz chileno. Ele então perguntou sobre o que era aquele DVD, e eu respondi e falei que era sobre o testemunho do Kaká. Ele então olhou para mim e me disse que era ateu, que não conseguia acreditar que houvesse um Deus, e se caso existisse um, que esse Deus não gostava do Chile pois é um país pequeno, pobre, que sofre com terremotos, e havia acabado de perder o jogo para o Brasil. Falei a ele que Deus amava sim o Chile a despeito de tais situações, pedi que assistisse ao DVD, e que se ainda assim tivesse alguma dúvida, que pedisse a Deus de coração aberto pois Ele se apresentaria para ele. Entregamos outros DVD's para torcedores do Chile dentro do ônibus onde eles estavam, dizendo a eles que Deus poderia consolá-los”


“Era a nossa primeira experiência no hospital de Germinston. Ao sairmos da igreja todos estávamos nervosos, pois não sabíamos o que aconteceria no restante do nosso dia. Ao entrarmos no saguão de espera do Pronto Socorro, fomos orientados pelo líder a se aproximar de pacientes na espera de atendimento, e conversar com eles. Duas missionárias se aproximaram da única criança que ali estava, uma garotinha de aproximadamente quatro anos, e ao chegarmos perto dela ela nos abraçou. Então perguntamos à sua mãe se podíamos contar um história sobre Jesus para a sua filha, e após a aprovação da mãe começamos a falar das cores da pulseira, e conforme íamos falando, mesmo com tradução, aquela garotinha prestava muita atenção em cada palavra dita e respondia as perguntas que nossa voluntária fantasiada de palhaça fazia. Ao final, perguntamos àquela menina se ela queria viver com Jesus, se ela queria ter Jesus no seu coração, e ela respondeu que sim, então oramos com ela, e quando abrimos os nossos olhos sua mãe estava emocionada, pois também havia feito a oração juntamente com sua filha.”


“No jogo da Argentina e Nigéria, na frente do estádio Ellis Park, uma de nossas voluntárias teve a oportunidade de entregar o folheto para algumas torcedoras nigerianas, orar com elas e em seguida fazer o apelo. Ao final pôde ver aquelas mulheres aceitarem a Jesus.”


“No estádio Soccer City, no dia do jogo do Brasil contra a Costa do Marfim, pudemos entregar um DVD para um homem de nacionalidade alemã. Ao explicar para ele do que se tratava o DVD, ele nos disse que era técnico de futebol e possuía uma escola de futebol na Alemanha, e que ao regressar iria exibir aquele DVD para seus alunos.”


“Na Fan's Zone encontramos uma família muçulmana que vive na África do Sul, mas de origem paquistanesa. Pudemos compartilhar Jesus através da pulseira com a esposa. O marido ficou observando à história que era narrada, e no término ele também aceitou que colocássemos a pulseira em seu braço.”


“Quando uma voluntária passou mal na Fan's Zone fomos socorrê-la, e assim que chegamos no hospital um médico logo nos atendeu. No decorrer da consulta descobrimos que ele havia estudado medicina em Cuba, e com a presença de um missionário que falava espanhol tivemos a oportunidade de falar de Cristo para ele e entregar um folheto com as 4 leis espirituais.”


“Encontramos um grupo de libaneses juntamente com uma equipe de TV do mesmo país, e para elesdistribuímos DVDs e folhetos na saída do estádio.”


“Na entrada do estádio no jogo do Brasil contra a Costa do Marfim, fomos abordados por uma equipe de TV chinesa, da cidade de Chengdu, uma das maiores cidades do país e local atingido por um grande terremoto em 2008, quando então pudemos servir durante os Jogos Olímpicos de Pequim. Falamos sobre nossa experiência naquele país, e o motivo de termos ido até lá, ao mesmo tempo em que em nossa testa era exibido uma faixa coma inscrição Jesus Te Ama.”


“No final do jogo do Brasil contra a Holanda, quando perdemos, estávamos orando em uma Fan's Zone quando percebemo uma luz forte em nossos rostos. A TV Bandeirantes do Brasil estava nos filmando enquanto orávamos, e assim pude dirigir minha oração para seus espectadores. Em seguida, durante a entrevista, pudemos falar do nosso orgulho por nossa Seleção e país, da verdadeira alegria que não está em vencer uma Copa do Mundo, e do trabalho voluntário que fizemos aqui com 210 brasileiros.”


“Eu comecei a me animar vendo Deus usando os brasileiros no campo missionário quando ainda morava no Brasil. Entretano, após estas últimas semanas, eu posso crer verdadeiramente que Deus irá usar os brasileiros para transformar o mundo.” Missionária Voluntária Americana


Com gratidão a Deus, a Igreja e aos voluntários brasileiros,

Liderança Conexão África 2010


"Aquele que toca o tambor não sabe onde o som chegará." Provérbio Africano

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